Na Bienal do Livro, jornalista Edney Silvestre fala de produção literária e critica atual gestão federal: 'me deixou com náusea'

Edney Silvestre e Socorro Acioli falam sobre importância da literatura em tempo de barbárie — Foto: Isla Carvalho/iBahia

Durante bate-papo com o público, os escritores falaram como é possível transformar vivências em histórias que viram livros. Edney destacou que o artista trabalha pela liberdade.

"Não conheço ninguém ligado ao que somos [artistas, escritores], que não passe pela rua e se comova com todas as pessoas que nos abordam e que precisam de nós", afirmou.

No final da palestra, um leitor na plateia questionou sobre como é "escrever em tempo de barbárie". Nesse momento, o jornalista fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Há três momentos na administração desse presidente que me deixou com náusea: o primeiro foi ele imitar uma pessoa com falta de ar, [durante a pandemia da Covid-19]; o outro momento foi o deboche ao falar que [o isolamento social] era mimimi; e o terceiro foi quando alguém entregou uma criança com máscara, ele tirou a máscara da criança e as pessoas aplaudiram", detalhou

Socorro Acioli destacou a importância de educar as crianças de uma forma mais amorosa e evitar que cresçam em uma cultura do ódio. Esta foi a primeira vez que a escritora cearense participou da Bienal do Livro Bahia.

"Tenho um amor imenso por Salvador e estar aqui, nesse momento, é renascer. Demorou para ver esse dia, mas estou feliz demais. Está todo mundo com esperança, renovando os sonhos e muito por causa dos livros e da literatura", completou.

Bienal do Livro Bahia

A Bienal do Livro Bahia retornou à capital baiana após ter sido adiado em 2020 por causa da pandemia da Covid-19.

Idealizado pela GL Events, mesmo grupo que realiza a Bienal Internacional do Livro Rio, o evento foi repaginado e reúne as principais editoras do mercado, autores e formadores de opinião em uma programação cultural para toda a família.