O Japão registrou o maior déficit comercial mensal em oito anos em janeiro, uma vez que os custos altos da energia incharam as importações e a indústria teve dificuldades para lidar com as restrições de oferta, provocando queda nos embarques de carros.
O crescente déficit comercial destaca a vulnerabilidade da terceira maior economia do mundo à disparada dos custos de commodities e à desaceleração da demanda da vizinha China.
As importações dispararam 39,6% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, atingindo um recorde em termos de valores em iene ao alcançarem 8,5231 trilhões de ienes (US$ 73,81 bilhões), mostraram dados do Ministério das Finanças nesta quinta-feira (17), contra expectativa do mercado de alta de 37,1%.
Isso superou com força o aumento de 9,6% das exportações, deixando a balança comercial com um déficit de 2,1911 trilhões de ienes, o maior em um único mês desde janeiro de 2014.
O déficit foi muito maior do que a estimativa de um saldo negativo de 1,607 trilhão de ienes.
Um grande fator teria sido a queda nas exportações de carros. Fabricantes como Toyota Motor Corp e Suzuki Motor Corp foram forçadas a fechar temporariamente algumas fábricas depois de enfrentar problemas nas cadeias de oferta e pressão de um aumento recorde nos casos de Covid-19 no país.
As importações, por sua vez foram sustentadas pelo aumento da entrada de petróleo, carvão e gás natural liquefeito.