O Grupo Serra reconheceu, na tarde desta quarta-feira (22), em erro de procedimento que resultou na troca de corpos de duas idosas que vieram a óbito na cidade de Sumaré (SP) - o caso veio à tona após a família de Maria Aparecida Cardoso, de 74 anos, verificar no velório que não era ela quem estava no caixão. Segundo a funerária, foi identificado que a mulher foi velada e enterrada por outra família - o corpo deverá ser exumado para confirmar a identidade.
De acordo com nota divulgado pela empresa funerária, após análises do circuito de vídeo do laboratório, foi possível constatar o erro de procedimento e troca dos corpos. O Grupo Serra informou que está em contato com a família da outra paciente para informar do ocorrido.
"O Grupo Serra lamenta profundamente o ocorrido e compromete-se integralmente com os esclarecimentos deste caso, cujas conclusões dependem de informações ainda a ser levantadas pela análise feita a partir do inquérito policial em curso. Sabemos ser imensurável o sofrimento causado e nos colocamos inteiramente à disposição para receber as famílias. A família Serra está profundamente solidária, prestamos toda nossa solidariedade às famílias, pedimos sinceras desculpas", diz o texto.
Filha constatou troca
O caso é investigado pelo 2º Distrito Policial de Sumaré, que registrou a ocorrência inicialmente como destruição, subtração ou ocultação de cadáver.
No registro do boletim de ocorrência consta que a filha de Maria Aparecida constatou, no momento do velório, a troca do corpo. Ela também relata que o Grupo Serra, que teria preparado o corpo, não era a funerária de sua mãe.
O corpo que foi retirado no Hospital Estadual de Sumaré foi encaminhado para o laboratório do grupo funerário em Artur Nogueira, onde foi preparado, e depois levado até Hortolândia, onde ficou aguardando o velório no Cemitério dos Amarais, em Campinas.
Corpo tinha marcas
A enfermeira plantonista responsável pelo preparo do corpo de Maria Aparecida no HES informou que o corpo que retornou ao hospital nesta quarta, após a constatação da troca, não é o da idosa que havia atendido.
Segundo a profissional, o corpo de Maria Aparecida tinha marcas características, como uma escara sacral e dois ferimentos por punção, um na jugular e outro na femural direita, o que não havia no cadáver que retornou à unidade.
Ao g1, a Unicamp, responsável pela gestão da unidade, informou que não houve falha no processo dentro do hospital. Após a confirmação do óbito, a Unicamp destaca que todos os protocolos de rastreabilidade foram seguidos e que só havia essa paciente no necrotério na terça, sendo o corpo entregue para a funerária com todas as documentações.
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Área do Hospital Estadual de Sumaré — Foto: Reprodução / EPTV
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