/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/R/X/LVBDEmSUuxS5ZDi3oYDQ/20150512-3-corpo-de-bombeiros-visita-campus-cgu-gr-scarpa-dsc-7176.jpg)
Área onde ficará quartel-sede dos Bombeiros, na Unicamp — Foto: Antonio Scarpinetti/Unicamp
A Unicamp detalhou ao g1 nesta semana o acordo para a construção de um quartel-sede do Corpo de Bombeiros no campus de Campinas, onde há hospitais e uma série de laboratórios, com objetivo de garantir mais segurança diante de possíveis episódios de desastres ou calamidades.
O convênio válido por 20 anos foi oficializado por meio de deliberação interna no fim de 2021, mas até então parte das informações não tinha sido divulgada. O prazo para realização das obras é incerto.
Além disso, parte da comunidade acadêmica sinalizou contrariedade à unidade. Veja abaixo detalhes.
Onde ficará?
A Unicamp explicou que a cessão do terreno entre as avenidas José Roberto Magalhães Teixeira e José Próspero Jacobucci, em Barão Geraldo, é gratuita. A área tem 5 mil m² e fica entre a rotatória de acesso à rodovia e ao Parque D. Pedro e a guarita desativada na avenida que liga à PUC-Campinas.
A universidade estadual alegou que a construção do prédio e o contingente que atuará na unidade são de responsabilidade da corporação, não há investimentos e a expectativa é de beneficiar toda a região. Procurada pelo g1 via Polícia Militar, contudo, o Corpo de Bombeiros não se manifestou sobre o tema.
Em agosto do ano passado, a Unicamp publicou uma nota no site oficial para tratar sobre as discussões, e lembrou que o Consu já havia tratado do assunto inicialmente em 2015.
Polêmica no campus
A Unicamp amenizou o fato de historicamente parte da comunidade ser contrária às presenças de forças militares na área da instituição de ensino.
"A proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário na sessão ordinária do dia 28 de setembro de 2021, ou seja, foi endossada pelos representantes da comunidade com assento no Consu [Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação na universidade]", diz nota.
O sindicato que representa os servidores técnico-administrativos (STU) alegou que historicamente se posiciona contra as presenças de forças militares, mas teve voto vencido na pauta do conselho.
"No Consu, não temos representação oficial do sindicato. Temos uma bancada eleita dos técnico-administrativos e nos posicionamos contra, mas fomos voto vencido. Na minha manifestação, argumentei que a distância entre o local onde se pretende instalar o quartel fica a 11 minutos da unidade do Taquaral, o que não justifica ceder um terreno para força militar por questões de periculosidade", alegou a conselheira universitária e diretora do STU, Gabriela Barros.
Já a Adunicamp, entidade que representa os docentes da universidade, também fez ponderações sobre o tema, mas sobrepôs a expectativa de benefícios para a comunidade de Barão Geraldo.
"Em princípio somos contrários à instalação de base da Polícia Militar na universidade. Apesar do Corpo de Bombeiros ser uma corporação militar, não tem caráter repressivo, e sim de preservação de vidas em face de desastres naturais ou não. Neste sentido, a instalação de uma base nas imediações ou mesmo na Unicamp pode vir a ser benefício para a comunidade", informa nota do presidente da entidade, professor Paulo Centoduccate.
Ao g1, a coordenadora da gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Cecília Ciochetti, explicou que foi decidido em assembleia, na quinta-feira (2), pela elaboração de uma nota em que os participantes se manifestam contrários à instalação do quartel-sede dos Bombeiros.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/8/S/nfYIrBRpiNIQ64VTBOUA/com-reun-20210817-01.jpg)
Representantes da Unicamp e dos Bombeiros em área que receberá quartel-sede — Foto: João Maques/Unicamp
VÍDEO: tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias da região no g1 Campinas.