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Eu, particularmente, nunca gostei de frio. Trabalhando de madrugada, dificilmentevou gostar. Tudo fica muito mais complicado com os termômetros lá embaixo, acomeçar pelo horário que o meu celular desperta.
Escrevo e não consigo evitar os olhosmarejados. Aquela foi a reportagem mais linda que eu já fiz. A reportagem quemais fez sentido na minha vida pessoal e profissional.
Comecei a semana em terra firme e vou terminá-la nas alturas. Pra mim, foi desafiador até porque tenho medo de altura. Isso não chega a me paralisar, mas sempre evitei esse tipo de aventura.
Pra marcar o primeiro ano do Conversa de Repórter, no R7, amanhã tem bate-papo, ao vivo, pelo instagram doportal com o apresentador Celso Zucatelli, a partir das 18h.
Eu sabia que seria uma cobertura tensa. Sónão imaginava que seria tanto.
Dia do Jornalista: "Não é romantizar aprofissão. Não é se sentir o todo poderoso. É, apenas, reconhecer o quanto a sociedadeprecisa de um jornalismo forte. O quanto nós precisamos ser fortes".
No meu caso, resolvi ser jornalista.Decidi virar repórter, um ofício que, por si só, já exige uma rapidezsobrenatural. Fiquei off. Mas agora tô on.
A notícia vale mais do que o repórter. Não há nem o que se comparar. Só que não dá pra entrar dequalquer jeito na sua casa. Aí, pra ficar "ajeitadinho" dá um trabalho...
Trabalhar como repórter policial é acordar e dormir pedindo proteção a Deus. É ter coragem e medo ao mesmo tempo. É ser taxado de "carniceiro",sensacionalista, urubu e mais um monte de coisa impublicável.
Essa semana, o mais perto que consegui chegar do confronto sangrento entre Rússia e Ucrânia foi ouvindo histórias de quem, praticamente, se viu no meio do fogo cruzado. Aquele era o lado humano do conflito.
Hoje, aquele garoto da caixa deve ter lá seus cinco aninhos, deve estar espoleta, correndo pra lá e pra cá, fazendo molecagens. Sinceramente, espero que essa seja a vida dele.
Tem dia que a gente reclama de tudo. Mas pergunta se eu trocariaessa minha loucura por qualquer outra profissão?
Alguns casos chocam e mexem com o nosso emocional. Os dramas da vida real servem, muitas vezes, pra gente testar nossa empatia e aprender a se colocar no lugar do outro.
Teve dedo na cara. Teve voz alterada. Teve tudo o que tem em umadiscussão. E, não. Eu não estou falando da música. Antes fosse.
Essa semana umtelespectador se revoltou comigo. E se irritou, simplesmente, por não concordarcom a notícia que eu dei. Fui acusado de ser irresponsável e, ainda, ameaçado: "Você será cobrado!"
Aquele era meu dia desorte. E olha que nem em sorte eu acredito. Mas, em certos momentos, parece queo universo conspira a favor.
Parece que 2021, apenas, cumpriutabela. Passou sem nunca ter sido um ano novo.
Naquela época, os nataiseram mais iluminados. Não vejo mais esse brilhonos dias de hoje. Não vejo as pessoas se preparando pro Natal.
Acostumado a perguntar, dessa vez, fui eu que virei entrevistado. É #tbt, mas o papo é sempre atual. Hoje, trago aqui a conversa que tive com o jornalista Thiago Moraes, da Record News, para o YouTube.
André Tal passou a ser exemplo, também, pra milhares de pessoas que não têm o jornalismo como algo em comum. E, sim, uma história de vida desafiada pela doença de Parkinson.
A fome continua atacando quem sempre teve fome, mas passou, de uns tempos pra cá, a assombrar quem tinha pouco, mas, ainda assim, conseguia se alimentar.
Às vezes, pra pegar notranco, dá trabalho...
Não é preciso ter milhões na conta bancária pra se sentir realizado. O Elias não ficou rico. O valor dele não se media por cifrões. O valor dele era invisível aos olhos.
A vida é um sopro e, pra mim, confesso, isso é difícil de aceitar. Toda morte trágica me faz refletir e, de certa forma, me amedronta.