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Objetos apreendidos com grupo alvo da Operação Fenix, da Polícia Civil do DF — Foto: PCDF/Reprodução
Três homens condenados por golpes com uma moeda virtual falsa em 2017 foram alvos de uma nova operação da Polícia Civil do Distrito Federal, nesta quinta-feira (2). A ação investiga um grupo suspeito de lavagem de dinheiro por meio de, pelo menos, cinco empresas.
De acordo com as investigações, o grupo ostentava uma vida de luxo nas redes sociais para atrair clientes e investidores para apartamentos construídos em Vicente Pires e na Colônia Agrícola Samambaia, além de um hotel e empreendimentos de altíssimo padrão que alegavam estarem construindo em Santa Catarina.
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Em 2017, os três alvos foram investigados por um esquema de "pirâmide financeira" com o uso da moeda virtual falsa "Kriptacoin" (veja detalhes abaixo). À época, 760 pessoas foram vítimas do golpe, movimentando R$250 milhões.
Os agentes cumprem seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão no DF e em Santa Catarina. Durante o cumprimento dos mandados, na casa de um dos investigados, os agentes encontraram R$ 130 mil em espécie.
Esquema
A Polícia Civil afirma que os suspeitos usavam cinco empresas em nome de familiares e de terceiros desde 2019. Segundo as investigações, essas pessoas não tinham condições financeiras para serem proprietárias das empresas. Entre elas, estava uma empregada doméstica.
Essas pessoas realizavam ainda transferências de valores entre si para ocultar a movimentação e a propriedade de bens de origem ilegal. Entre as empresas, estão construtoras, holding, hotel e financeira.
Os investigadores apontam que os proprietários reais do dinheiro e das empresas se tratam de dois dos investigados, que não aparecem como responsáveis legais pela pessoa jurídica dessas empresas.
Os presos na operação devem responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica. Se condenados, eles podem pegar mais de 18 anos de prisão.
Operação Patrik
Em 2017, a Polícia Civil deflagrou a operação com o objetivo de desarticular o grupo suspeito de comercializar a moeda virtual falsa "Kriptacoin" no Distrito Federal e em Goiânia. À época, a investigação apontou que o esquema movimentou R$ 250 milhões.
Os integrantes da organização se passavam por executivos e prometiam altos rendimentos com o negócio, com ganho de 1% ao dia sobre uma moeda virtual falsa – o resgate do saldo só poderia ser feito após um ano.
Eles marcavam reuniões, faziam anúncios em outdoors e propagandas, tanto na internet quanto na televisão, além de tirar fotos com cantores famosos.
Quanto mais investidores fossem recrutados para participar do negócio, a promessa de ganhos aumentava, com bônus de 10% por pessoa cooptada. Assim, o lucro crescia proporcionalmente à quantidade de aplicações feitas na cadeia, mas era tudo um golpe.
Segundo a polícia, uma das vítimas disse que aplicou quase R$ 200 mil sem retorno e, ao tentar resgatar os valores aplicados, foi ameaçada pelos "executivos" da falsa empresa.
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