“A Ponte de Londres caiu.”
Este é o código a ser usado pelo secretário particular da rainha Elizabeth, Sir Edward Young, para informar ao Primeiro-ministro do Reino Unido – posto ocupado agora por Liz Truss – sobre a morte da monarca.
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O plano chamado ‘Operação Ponte de Londres’ existe desde a década de 1960 e passa por atualizações a cada ano. A monarquia e o governo querem ter controle absoluto da situação.
Após a família real ser avisada, incluindo o príncipe herdeiro, Charles, um comunicado será enviado aos Países e territórios que têm Elizabeth como chefe de Estado.
Depois, um aviso será afixado nos portões do Palácio de Buckingham, em Londres. Uma sirene vai tocar e as bandeiras serão baixadas a meio mastro.
As emissoras de rádio e TV devem interromper sua programação em respeito à rainha morta. As transmissões passam a ser exclusivamente jornalísticas por um período.
No dia seguinte à morte, Charles fará seu primeiro discurso como rei. O governo cumpre o juramento de fidelidade ao novo soberano com 41 tiros disparados no Hyde Park.
Feito o embalsamamento, o corpo de Elizabeth será colocado na Sala do Trono, em Buckingham, com uma coroa, o cetro e o estandarte real.
No quarto dia, o caixão será levado ao Westminster Hall. Ao longo de mais quatro dias, os parentes, os nobres mais próximos, os políticos e chefes de Estado e de governo de outros Países prestarão homenagens.
Enfim, o público – súditos da rainha e turistas – terão acesso ao local para dar o adeus a Elizabeth.
O funeral com a presença da cúpula da Igreja Anglicana, da qual o monarca do Reino Unido é chefe, acontecerá de 10 a 12 dias depois do falecimento.
Ao som das badaladas do Big Ben, a urna será levada à Abadia de Westminster, local onde aconteceu a cerimônia de despedida à princesa Diana, em 1997, e cenário do casamento de William e Kate, em 2011.
Cerca de 2000 convidados, incluindo celebridades britânicas, ocuparão os bancos da histórica igreja em estilo gótico.
Terminado o ritual, o caixão será levado de carruagem até o Castelo de Windsor, a cerca de 35 quilômetros de Londres.
Lá, em cerimônia íntima, sem a presença de câmeras de TV, Elizabeth será enterrada na Capela de São Jorge, ao lado do túmulo do pai, rei Jorge VI, de quem herdou o trono em fevereiro de 1952.
Em respeito à mãe, Charles deve esperar meses, ou até mais de 1 ano, para ser coroado.
Antes disso, o hino oficial do Reino sofrerá uma alteração. De ‘God Save the Queen’ (Deus salve a rainha) passará a ser ‘God Save the King’ (Deus salve o rei).
