- Mau cheiro
- Danos ambientais
- Interdição da usina
- Entenda o que aconteceu
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Agentes da Defesa Civil inspecionam usina de asfalto após explosão que causou mau cheiro na Grande Goiânia — Foto: Giovanna Campos/O Popular
A Defesa Civil e a Polícia Científica e a Polícia Civil inspecionam nesta sexta-feira (11) a usina de asfalto onde a explosão de uma caldeira causou mau cheiro na Grande Goiânia. Segundo Juliano Cardoso, gestor ambiental e geógrafo da Defesa Civil e Aparecida de Goiânia, informou que o trabalho dos profissionais é entender como aconteceu o incidente.
“Vamos verificar qual o volume de produto que tinha no tanque para sabermos o que vazou e vamos analisar se no local existia bacia de contenção, que é obrigatória”, afirmou.
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O vazamento aconteceu na madrugada da última quinta-feira (10), após uma explosão. Juliano explicou que a Defesa Civil vai levantar informações do produto que vazou, e levantar pontos como o impacto na comunidade e quem é o engenheiro ou responsável químico da empresa.
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Além disso, a Defesa Civil deve analisar notas fiscais da compra de produtos, confrontar a documentação da usina e apurar a se o óleo entrou no solo e qual a profundidade.
A Polícia Científica também está no local para realizar uma inspeção. De acordo com o agente Felipe Gulo, a corporação vai solicitar um laudo para descobrir a causa da explosão e o quanto saiu de óleo.
Mau cheiro
O vazamento foi descoberto após moradores relatarem mau cheiro na região, similar à de gás de cozinha. Os bombeiros foram chamados, nesta quinta-feira (10), para investigar a origem do odor e encontraram a caldeira estourada na usina.
O lubrificante é parecido com óleo diesel, segundo o secretário, e é usado em alta temperatura para funcionar as caldeiras que esquentam massa asfáltica, em usinas.
"Ele é tóxico e temos preocupação porque houve contaminação do solo e do córrego Santo Antônio, que vai para o rio Meia Ponte. Naquela região tem vários ribeirinhos e animais que dependem daquela água", ressaltou o secretário de Meio Ambiente (SMA) de Aparecida, Cláudio Everson.
De acordo com as especificações técnicas, o óleo apresenta toxicidade aguda quando em contato com a água. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a água contaminada provocar diversos sintomas de mal-estar nas pessoas.
O delegado estadual de proteção ao Meio Ambiente (Dema), Luziano Carvalho, informou que foi instaurado um inquérito para apurar o caso. Para ele, tudo indica se tratar de um crime de poluição, que está entre as infrações ambientais mais graves, com pena de até quatro anos de reclusão.
Danos ambientais
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Explosão em caldeira de usina de asfalto pode ter causado forte cheiro na Grande Goiânia — Foto: Divulgação/Defesa Civil
A contaminação do solo e da água pode provocar diversos danos ambientais, segundo o secretário de Meio Ambiente. Daqui para frente, podem aparecer peixes e animais mortos no leito do córrego, por causa do consumo da água.
"Ele vai impregnar no solo e contaminar o lençol freático. O córrego Santo Antônio fica a 1km do local e o óleo chegou ao córrego, então a quantidade foi grande", pontuou Cláudio Everson.
O próximo passo é fazer barreiras de contenção para frear o vazamento.
"Isso de dentro para fora e depois fazer a limpeza do rio. Depois que limpar, vamos pedir teste de qualidade da água para liberar o consumo para a região local", disse Everson.
A Polícia Civil, A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Defesa Civil vão trabalhar em conjunto para elaborar um relatório técnico sobre a gravidade da contaminação.
Interdição da usina
A usina de asfalto foi interditada pela Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida de Goiânia por não ter nenhuma licença ambiental para funcionar.
Diante da contaminação, Cláudio Everson orientou aos moradores da região a não beberem água até sair o resultado das perícias.
"O infrator tem que tomar as medidas mitigatórias. Se ele causou o dano, ele tem que conter. pelo menos a proliferação no leito do rio. É um manancial de grande importância não só para Aparecida, ele deságua no Meia Ponte, que é fornecedor de água para Goiânia", ressaltou o secretário.
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Prefeitura de Aparecida levanta se acidente em pedreira pode ter causado forte cheiro na Grande Goiânia — Foto: Júlia Alves/g1 Goiás
Entenda o que aconteceu
Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Paulineli Damasceno, a empresa produz massa asfáltica e usa um espaço da área de pedreira em Aparecida. No processo de produção, existem caldeiras que aquecem a massa.
Essas caldeiras são aquecidas por motores, que utilizam óleo para funcionar. O bombeiro explicou que o motor que aquece dois reservatórios de 15 mil litros de massa parou de funcionar.
Assim, o óleo se acumulou e, num dado momento, causou uma explosão do motor. Houve então o vazamento do óleo na terra, que escorreu para o manancial.
O Corpo de Bombeibos informou que já foi feita a contenção do vazamento com a própria massa asfáltica.
O advogado da empresa Brita Araguaia, que também fica dentro da pedreira, disse que a companhia se dedica apenas à exploração de brita e areia, e não há qualquer tipo de óleo e caldeira usados na exploração.
"A empresa é independente e tem licenças ambientais. Fomos pegos de surpresa, a companhia não tem nenhum tipo de ingerência na administração ou responsabilidade na gestão das obrigações na companhia que está envolvida nesse mau cheiro", ressaltou Pedrosa.
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