
Justiça libera volta ao trabalho de três PMs investigados pela morte de trabalhadores
A Justiça de Goiás liberou para trabalhar nas ruas os três policiais militares que estariam envolvidos na morte de trabalhadores rurais de Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. O crime foi em novembro de 2020. Na época, os militares alegaram que confundiram os trabalhadores com ladrões de gado.
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A decisão da juíza Priscila Lopes da Silveira destaca que se passaram mais de 10 meses desde a suspensão das atividades e que não se noticiou, até o momento, qualquer violação das medidas cautelares que foram impostas na época.
"Revogo as medidas cautelares de suspensão das atividades públicas policiais ostensivas, suspensão da posse e do porte de arma de fogo relacionadas ao cargo público", decidiu a magistrada.
Os militares, porém, não podem exercer atividade policial em Cristalina, principalmente na zona rural. Os policiais envolvidos na ocorrência são os sargentos Ângelo Máximo Morais e Reginaldo Matos Lima e o soldado Bruno Martins Barros.
A reportagem não localizou a defesa dos militares para se pronunciar sobre a decisão até a última atualização dessa matéria.
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Funcionários de fazenda são mortos a tiros durante ação da PM em Cristalina, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O caso aconteceu em 25 de novembro de 2020. Na ação, morreram Francisco da Silva Chaves, de 41 anos, Nelson da Silva Cardoso, de 38, e Aleff Nunes Souto, de 22.
Os três trabalhavam na fazenda e, de acordo com os patrões, tinham saído para caçar javalis com armas que precisam recarregar a cada disparo. A perícia apontou que os trabalhadores morreram com 43 tiros.
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