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Irmã de brasileira presa na Alemanha com a companheira após ter mala trocada por bagagem com droga diz que família está inconformada: 'Atordoados'

Jeanne Paollini e Kátyna Baía, goianas presas na Alemanha após terem malas trocadas por bagagens com drogas — Foto: Reprodução/Instagram

Uma irmã da brasileira Kátyna Baía, presa na Alemanha junto com a companheira após ter mala trocada por bagagem com droga, disse nesta sexta-feira (7) que família está inconformada com a situação.

"Deixou toda a família e amigos atordoados, tem movimentado as redes de apoio, temos muito a agradecer. Não tem sido fácil, é uma prisão injusta, cruel, que tem se perdurado há 33 dias. Elas jamais se prestariam a esse papel de mula de tráfico", lamentou Débora Baía, em entrevista ao Encontro.

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As brasileiras faziam escala em Frankfurt com destino a Berlim, quando foram presas. As bagagens delas foram trocadas por duas malas com 40kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. As malas verdadeiras não foram encontradas até hoje.

Com a investigação, a Polícia Federal descobriu que funcionários terceirizados do Aeroporto de Guarulhos trocavam etiquetas de malas para enviar drogas para o exterior. Na última terça-feira (4), a polícia prendeu seis investigados.

A irmã contou que a família esperava passar o feriado de Páscoa com elas porque acreditavam na soltura delas pela Justiça de Frankfurt.

"Todo mundo muito abalado e a gente estava com esperanças de que essa audiência de custódia fosse dar resultado positivo porque todas as provas mostram que elas são inocentes. A gente acreditava que elas fossem passar esse feriado de Páscoa conosco", disse Débora.

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Jeanne Paollini e Kátyna Baía em viagem em Paris, na França — Foto: Reprodução/Redes sociais

Prisão

As autoridades alemãs disseram que há fortes indícios de que as brasileiras são mesmo inocentes, mas queriam ter acesso a todos os vídeos obtidos pela Polícia Federal e ao inquérito completo, com a prisão dos suspeitos, antes de soltá-las da prisão.

O Ministério da Justiça enviou, na quinta-feira (6), para a Justiça de Frankfurt, na Alemanha, a cópia integral do inquérito da Polícia Federal sobre a troca de malas por bagagens com drogas no Aeroporto de Guarulhos.

Malas de brasileiras presas na Alemanha foram trocadas em São Paulo, segundo a PF de Goiás — Foto: Reprodução/Encontro

A superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, também afirmou que há evidências de que as goianas não eram donas das malas com cocaína que chegaram a Frankfurt.

"Elas embarcaram com malas contendo menos de 20kg e foi identificado no aeropoto da Alemanha 20kg de entorpecentes em cada uma das bagagens. Elas afirmaram que as malas não eram delas", esclareceu a delegada.

Câmera de segurança mostra goianas chegando no Aeroporto de Goiânia com as malas verdadeiras, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Solidão e frio

A rotina das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía tem sido de frio e solidão nas celas "minúsculas" e individuais da penitenciária de Frankfurt, onde estão detidas há mais de um mês, segundo a advogada delas, Luna Provázio.

"Elas estão angustiadas porque estão presas há mais de 1 mês e perguntam muito pelos familiares. Elas estão morrendo de saudade. A Kátyna, por exemplo, não conseguiu falar com a mãe nesse tempo todo e elas são muito apegadas", contou a advogada Luna Provázio.

O contato das goianas com o Brasil foi feito até agora basicamente com a advogada, e somente por telefone fixo porque o presídio não permite videochamadas.

Jeanne é veterinária e Kátyna é personal trainer, em Goiânia. Elas viajaram no dia 5 de março para conhecer Berlim e outros países na Europa.

"Elas estão em celas separadas e me relataram que são minúsculas. Elas disseram que passam frio porque o presídio não fornece roupa de frio adequada e elas tiveram todos os bens pessoais apreendidos", relatou a advogada.

Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

Médica veterinária Jeanne Paollini e a personal trainer Kátyna Baía estão juntas como casal há mais de 17 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais

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