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Pesquisadores desenvolvem vacina que aumenta proteção contra vírus HPV em até 90%

Pesquisadores desenvolvem vacina que aumenta proteção contra vírus HPV em até 90%

Pesquisadores desenvolveram uma vacina que aumenta a proteção contra o vírus HPV, uma das maiores causas de câncer de colo de útero. A nova vacina promete proteger em até 90% dos casos de HPV que causam câncer de colo do útero.

“Ela trabalha como quase todas as vacinas. Ela apresenta uma proteína que contém o vírus HPV, e o nosso organismo, então, promove defesas e faz memória imunológica contra aquela proteína. Se um dia o vírus chegar, essa proteína é reconhecida e nosso organismo não deixa que ele infecte, que ele cause infecção”, explica o epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro.

A vacina só está disponível em clínicas particulares e custa cerca de R$ 1 mil cada dose. No SUS, a vacina aplicada é a quadrivalente, que reduz em cerca de 80% os casos de câncer de colo de útero, terceiro tipo com maior incidência no país.

O Ministério da Saúde recomenda que a vacina HPV, que previne também vários outros tipos de câncer, seja aplicada em meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade.

A Marcela, de 10 anos, tomou a primeira dose há quatro meses, e a mãe já programou a próxima ida ao posto. “Eu coloco numa agenda, num calendário, aí eu deixo anotadinho a época. Então, agora em maio, na primeira quinzena, ela toma a segunda dose”, conta a mãe Andressa Melo.

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A vacina HPV tem duas doses e é importante ter atenção ao calendário, porque muitos adolescentes não voltam ao posto para completar o esquema vacinal no intervalo de seis meses.

A meta do governo é atingir a cobertura de 80% do público-alvo. Mas, no caso dos meninos, esse percentual está abaixo dos 40%.

“Ela está associada à questão da proteção do câncer de colo de útero, então, às vezes, os meninos não se sentem confortáveis com essa questão, acham que a vacina não tem importância para eles. Mas é importante ressaltar que eles também podem adoecer dessa doença, podem ter formas que contagiam outras pessoas e perpetuar a transmissão da doença para a população”, explica Paulo Roberto Lopes Corrêa, diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica de Belo Horizonte.

A vacinação deve ser feita antes que meninos e meninas tenham contato com o HPV, ou seja, antes do início da vida sexual. O Guilherme Fonseca, de 11 anos, já se protegeu com as duas doses. “A vacina é um remédio que você vai lá, toma um dia e já protege de uma doença”, diz o menino.

“Acho que a vacina é uma questão de saúde, de vida, de se preservar a vida deles, dos outros, de evitar que eles tenham uma doença grave e transmitam essa doença pra outras pessoas”, diz Maria Cristina Fonseca, mãe de Guilherme.


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