Encenação da Paixão de Cristo leva público ao Anjo da Guarda, em São Luís

Como assistir à via sacra do anjo da guada?

Bairro Anjo da Guarda encena Paixão de Cristo em São Luís

Com o objetivo de levar mensagens de fé, durante a Quaresma, para a população, o grupo teatral “Grita” realizou, nessa quinta-feira (6), a primeira encenação da Via Sacra, no bairro do Anjo da Guarda, em São Luís. Na exibição do espetáculo, realizado há 42 anos, milhares de espectadores acompanharam a recomposição dos passos de Jesus Cristo, até seus momentos finais, com a crucificação e a ressurreição.

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Após a suspensão da peça teatral, nos últimos anos, em decorrência da pandemia de Covid-19, a 42ª edição da Paixão de Cristo, em 2023, apresentou um enfoque em temas diversos, como a poluição, o impacto dos ‘retirantes’, em busca de melhores oportunidades na sociedade, e as demandas por inclusão, reivindicadas por pessoas com deficiência.

As cenas foram produzidas em uma grande estrutura, entre cenários, equipamentos de som e iluminação. Atores e atrizes do grupo “Grita”, além de emocionarem o público, emocionaram-se, também, ao avaliar o valor do teatro em suas vidas.

Em entrevista à TV Mirante, a atriz Sandra Dias afirmou que a atuação, junto à companhia teatral, ajudou-a, em muitos momentos, além de permitir aos moradores do bairro do Anjo da Guarda um envolvimento, desde muito cedo, com a atividade cultural.

“Eu sou moradora do bairro [Anjo da Guarda] desde que eu tinha 12 anos de idade, e o grupo Grita foi a coisa mais importante que eu encontrei aqui, porque é um grupo da comunidade, onde abrange todos os moradores, e não estão sendo só os moradores daqui; há moradores de outros bairros, que estão vindo, mesmo, para fazer parte da nossa comunidade e apresentar simplesmente esse espetáculo, que é maravilhoso e vale a pena”, garantiu a atriz.

Encenação da Paixão de Cristo leva público ao Anjo da Guarda, em São Luís — Foto: Reprodução/TV Mirante

Para o ator Jorge Smith, que interpreta Jesus, na Paixão de Cristo, a montagem do espetáculo, após o período mais crítico da pandemia de Covid, simboliza a celebração de um novo tempo. O ator reforça, ainda, a entrega de todos os profissionais envolvidos na encenação e saúda a memória de atores e trabalhadores vitimados pelo vírus.

“Os três anos que nós ficamos parados, o sentimento de perda de todas essas pessoas que se foram… A gente fez [a peça] com mais fé, sem dúvida, para que essas pessoas, com o trabalho que elas tiveram, continuassem e perpetuassem [o evento]. Acho que foi por todas elas”, finalizou.