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Italiano lança livro com flagrantes de animais que 'invadiram' hospital em Campo Grande

Anu-branco predando serpente nas proximidades do hospital São Julião, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Anu-branco predando serpente nas proximidades do hospital São Julião, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

O hospital São Julião, referencia no tratamento de hanseníase na região centro-oeste do Brasil, também se destaca quando o assunto são animais que são constantemente flagrados passeando pelo complexo da instituição. Em 80 anos de história, não houve nenhum incidente relacionado aos bichos e pessoas.

Localizado dentro de uma reserva de cerrado, cobras, aves, mamíferos, anfíbios e uma variedade de insetos, renderam até um livro. O responsável pela obra é um italiano que trabalha no local há 9 anos e é apaixonado pela fauna brasileira e pelas visitas inusitadas que despertam a admiração de pacientes e funcionários.

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 Roberto Pellizzer com uma corujinha-do-mato que caiu do ninho feito dentro do complexo São Julião. — Foto: Roberto Pellizzer/Arquivo pessoal

Roberto Pellizzer com uma corujinha-do-mato que caiu do ninho feito dentro do complexo São Julião. — Foto: Roberto Pellizzer/Arquivo pessoal

"Os animais do São Julião", mostram um pouco da riqueza que pode ser facilmente vista nas 213 hectares onde está localizado o hospital. Segundo o autor do livro, Roberto Pellizzer, cerca de 129 espécies de aves e outros animais estão registrados por nome em 61 uma páginas. Boa parte dos animais catalogados são acompanhados de imagens e arquivos que revelam a rica natureza do local.

Tamanduá-bandeira dentro de capela localizada no hospital São Julião, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Tamanduá-bandeira dentro de capela localizada no hospital São Julião, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Ainda de acordo com Pellizzer, a aparição dos animais dentro da parte interna do São Julião, rendeu flagrantes inusitados e ele reforça, que por a instituição estar dentro da reserva, até hoje não houve nenhum registro de incidente com quem transita por todo o complexo.

Funcionários do próprio hospital são os responsáveis por retirar com segurança todo e qualquer animal de dentro do prédio e das proximidades. Em 2018 eles participaram de um treinamento com profissionais do biotério de uma universidade da capital, para fazer de forma eficiente o manejo das espécies nativas.

Macaco observando paciente em árvore que fica ao lado do hospital, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Macaco observando paciente em árvore que fica ao lado do hospital, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Conforme Roberto, que também é técnico em agropecuária, o livro é a materialização de uma paixão pela natureza, que desde a infância o acompanha. Ele ainda reforça que sempre fez registros das várias espécies que vivem ou passam pelo hospital.

Gato mourisco visitando a horta do hospital São Julião, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Gato mourisco visitando a horta do hospital São Julião, em Campo Grande (MS). — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

"Faltava algo que unisse todas [espécies] para preservação desta fauna e que também pudesse servir essencialmente para o conhecimento das pessoas que aqui vivem ou visitam. Além do ponto de vista pedagógico voltado para um projeto com jovens e crianças de uma escola, localizada dentro da área do hospital, a onde pequenos ambientalistas estarão sendo preparados para propagar conhecimento ambiental", explicou ao G1.

Pássaro João-pinto no jardim do hospital. — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Pássaro João-pinto no jardim do hospital. — Foto: Roberto Pellizzer/Foto

Conforme Pellizzer, uns dos flagrantes mais inusitados, é o de um tamanduá-bandeira que decidiu passear dentro da capela do hospital. Um gato mourisco que apareceu na horta e, macacos em árvores próximo das janelas de paciente e claro, as serpentes que sempre decidem em "desfilar" pelos corredores do hospital.

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