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'Situação de caos': Pacientes graves com Covid decolam de MS rumo à SP

O voo que estava previsto para às 16h, só iniciou o taxiamento às 18h — Foto: Reprodução

O voo que estava previsto para às 16h, só iniciou o taxiamento às 18h — Foto: Reprodução

Cinco pacientes de Mato Grosso do Sul, em estado grave para Covid decolaram, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), rumo à São Paulo. As pessoas devem chegar na capital paulista às 21h (horário de Brasília), deste domingo (6), e serão encaminhadas para dois hospitais.

A decolagem dos pacientes estava prevista para às 16h deste domingo, porém o taxi da aeronave começou o a ser feito por volta das 18h e levantou voo rumo à São Paulo, às 18h25.

O envio de pacientes se fez necessário diante da "situação de caos" que Mato Grosso do Sul vem enfrentando, em relação à Covid. Hospitais estão super lotados, neste domingo, o número de pessoas à espera de vagas chegou a 251 e a falta de alguns medicamentos.

No início deste domingo (6), a secretaria estadual e Saúde (SES) havia informado ao G1 que seriam enviados apenas três pacientes a São Paulo, porém, irão cinco neste voo. A secretaria informou que são dois pacientes de Campo Grande e três de Maracaju (MS), a 157 km da capital.

As ambulâncias com os pacientes chegaram por volta das 16h, na base aérea de Campo Grande — Foto: Reprodução

As ambulâncias com os pacientes chegaram por volta das 16h, na base aérea de Campo Grande — Foto: Reprodução

A nova leva de transferências, desta vez para São Paulo, ocorre após uma reunião da equipe do governo do estado com representantes de várias instituições e dos ministérios da Saúde e da Defesa.

O avião da FAB com os cinco pacientes decolou de Campo Grande com destino o aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os pacientes serão encaminhados para o Hospital Geral Vila Penteado e o Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília.

Transferências para outros estados

As transferências de sul-mato-grossenses para outros estados começaram na quarta-feira (2). Uma paciente de Bonito foi encaminhada para Porto Velho, em Rondônia. O estado havia oferecido 10 leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) ao governo de Mato Grosso do Sul.

Na sexta-feira (4), mais 7 pacientes de Dourados seguiram para Rondônia, e, no sábado (5), mais um caso grave, desta vez do município de Itaquirai, foi enviado para o estado, totalizando nove transferências.

O secretário estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, agradeceu o gesto humanitário dos governos de São Paulo e Rondônia. ”Seremos eternamente gratos com São Paulo, assim como Rondônia, por essa ajuda tão importante neste momento crítico que Mato Grosso do Sul está enfrentando”, destacou.

Resende chegou a cogitar transferir pacientes para o Espírito Santo, mas o governador do estado, Renato Casagrande (PSB) afirmou que, neste momento, não pode receber.

'Situação de Caos'

Em hospitais de Mato Grosso do Sul, pacientes que vão à UTI estão sendo escolhidos— Foto: Ascom HRMS/Reprodução

Em hospitais de Mato Grosso do Sul, pacientes que vão à UTI estão sendo escolhidos — Foto: Ascom HRMS/Reprodução

Rosana Leite, diretora presidente do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), referência no atendimento à pacientes com Covid, descreve o atual cenário da pandemia em Mato Grosso do Sul como "caos".

Diante do colapso no sistema de Saúde, o HRMS começou a adotar um protocolo de escolha de pacientes que precisam ser encaminhados à uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

  • Hospital referência no tratamento da Covid em MS adota protocolo de escolha para pacientes que precisam de UTI

A informação do novo protocolo foi afirmada pela diretora-presidente do HRMS, Rosana Leite, que ainda mencionou que "os pacientes mais jovens e os pacientes que estão em cateter ou máscara" são aqueles que estão sendo levados ao hospital, para um leito de UTI.

"A gente conseguia receber os pacientes. Estamos meio que sem perspectiva. Faltam os leitos, as equipes estão realmente cansadas e começa a faltar medicamentes, sem uma perspectivas de compras. Instituímos um protocolo de triagem que é realmente salvar o maior número de vidas", explicou Rosana.

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