A juíza Thatiana Cristina Nunes Campelo, da 13ª Vara Federal de Minas Gerais, determinou nesta quinta-feira (17), que a mineradora Vale apresente em até cinco dias um plano de realocação dos índios Pataxó e Pataxó Hã-Hã-Hãe da aldeia Naô Xohã, localizada em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A aldeia foi inundada no início do ano, após o rio Paraopeba, já contaminado com metais pesados por conta do rompimento da barragem de Brumadinho, transbordar devido às fortes chuvas na região.
A decisão também traz que a mineradora deve pagar mensalmente o valor de um salário mínimo para cada grupo familiar da aldeia como forma de auxílio, até que seja efetuada a realocação definitiva dos indígenas.
A decisão se deu após o MPF (Ministério Público Federal) e a DPU (Defensoria Pública da União) solicitarem à Justiça que a mineradora realocasse os índios. Os órgão entenderam que a Vale teria responsabilidade no caso, já que a aldeia foi invadida por rejeitos da barragem que se rompeu em 2019 e que pertencia à mineradora.
A reportagem procurou a Vale e aguarda retorno.
Relembre o caso:
