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Jorge Bodanzky: diretor em longa trajetória de produções sobre as tensões socioambientais da Amazônia — Foto: Paula Sampaio/O Liberal
Neste domingo (19), o diretor Jorge Bodanzky participa da programação da 8ª Mostra de Cinema da Amazônia, que faz uma retrospectiva dos últimos 100 anos de cinema feito na maior floresta tropical do planeta. O evento é online, gratuito e segue até dia 22.
Bodanzky (SP) fez história com o seu filme de estreia, “Iracema - Uma Transa Amazônica” que se tornou um dos filmes mais premiados da década 1970 em festivais nacionais e internacionais. A partir de então, Bodanzky construiu uma trajetória cinematográfica voltada para o debate sobre as tensões socioambientais no Brasil em trabalhos como Jari (1979), que registra o polêmico megaprojeto para a exploração de celulose no Amapá; Terceiro Milênio (1981), que acompanha a incursão de um senador da região, onde são flagrados contextos de corrupção, tensões indígenas e atuação de empresas poluidoras; e Igreja dos Oprimidos (1985), filmado na região onde ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás e o assassinato da missionária Dorothy Stang.
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Mostra exibe filmes de Bodanzky filmados na década de 1980, na Amazônia: retratos que continuam atuais — Foto: Divulgação
“Acho oportuno neste momento, quando a Amazônia está sendo tão discutida, mostrar o que foi filmado lá. A maioria dos meus filmes foram rodados na década de 1980, mas continuam atuais porque os problemas permanecem, talvez até mais urgentes”, diz Bodanzky.
Em nova produção na região, Bodanzky volta seu olhar para o drama da população ribeirinha da bacia do Tapajós, oeste do Pará. “O mercúrio vem envenenando a região. Como lidar com essas questões do garimpo e os efeitos do mercúrio que causa danos irreversíveis no sistema neurológico das pessoas?”, questiona o diretor, convidado da 8ª Mostra de Cinema da Amazônia, projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc, via Secretaria de Cultura do Pará, e realização da Mekaron Filmes e Instituto Cultural Amazônia Brasil.
Serviço: 8ª Mostra de Cinema da Amazônia, até 22 de setembro, online pelo canal do evento, no Youtube.