
Manifestantes queimam pneus e bloqueiam o trânsito para protestar por moradia no Recife
Manifestantes queimaram pneus e bloquearam o trânsito durante um protesto por moradia, realizado na manhã desta quarta-feira (22), no Bairro do Recife, na área central da capital pernambucana (veja vídeo acima). Depois, o movimento foi para o prédio dos Correios, na mesma região da cidade.
Realizado pelo Movimento de Luta e Resistência pelo Teto (MLRT), o ato ocorreu na Rua Madre de Deus, na Avenida Marquês de Olinda, na Avenida Martins de Barros, na Ponte Maurício de Nassau e no Cais do Apolo.
Imagens enviadas ao WhatsApp da TV Globo mostram uma fumaça intensa no bairro. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 9h15 e enviou uma equipe para controlar as chamas.
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Pneus foram queimados em protesto realizado na manhã desta quarta-feira (22) na Avenida Marquês de Olinda, no Bairro do Recife — Foto: Reprodução/WhatsApp
A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) informou que foi acionada por volta das 9h40. Agentes de trânsito foram até os locais da manifestação para orientar os condutores. A CTTU informou que os bloqueios no trânsito foram liberados às 10h30.
De acordo com o coordenador técnico Alessandro Miguel, não havia muitas pessoas no protesto. "Vários pneus estavam queimados no meio da rua, com uma fumaça muito grande. Mas não vi muitas pessoas próximas. É como se tivessem colocado fogo e saído do lugar", contou.
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Fumaça dos pneus queimados durante protesto no Bairro do Recife pôde ser vista a partir de outros bairros do Centro — Foto: Reprodução/TV Globo
Correios
Depois do ato nas ruas do Centro, os integrantes do movimento foram para um prédio dos Correios, na mesma região da cidade.
Eles chegaram com instrumentos musicais e faixas. Os manifestantes alegam que o imóvel teria espaço ocioso para abrigar moradias.
À tarde, cerca de 40 pessoas permaneciam no local. A ocupação, pacífica, foi acompanhada por seguranças dos Correios. Os portões foram fechados.
Os advogados da frente popular alegam que 42 imóveis com mais de cinco andares estão abandonados e com dívidas altas em impostos atrasados.
Por meio de nota, a Companhia Estadual de Habitação (Cehab) informou que uma equipe esteve no local, mas avaliou que as reivindicações devem ser resolvidas pelo governo federal e pelos Correios.