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Lino Sultanum afirmou que as células sumiram da ilha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
Os comerciantes de Fernando de Noronha têm enfrentado um problema que se agravou nos últimos meses: falta de dinheiro em espécie. A maior reclamação é relativa ao "sumiço" das cédulas de R$ 10 e R$ 5, o que dificulta o troco.
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Dono de farmácia, Lino Sultanum afirmou que sofre com a falta de dinheiro trocado. Ele diz que tem comércio na ilha á 20 anos e nunca tinha enfrentando a escassez de notas.
“Os bancos na ilha não têm disponibilidade e eu trago dinheiro do Recife para garantir o troco dos clientes”, contou Lino.
Na papelaria, em frente à Escola Arquipélago, o problema se repete. A dificuldade se agrava no início do mês, quando as pessoas recebem os salários, fazem compras e usam cédulas de R$ 100 e R$ 50. "Muitas vezes, temos que pedir para o cliente voltar depois”, falou a vendedora Cintia Silva.
Caixa da padaria e lanchonete localizada no bairro da Floreste Velha, José Wallace Pimentel disse que o banco da ilha não conta com as cédulas para troco. Por isso, é preciso adotar medidas alternativas que causam prejuízo.
“Nós temos muita dificuldade com cédulas de R$ 5 e de R$ 10. É necessário fazer mágica para dar o troco. A alternativa que encontramos é fazer um desconto nos produtos”, declarou José Wallace.
Na empresa distribuidora de água mineral localizada na região do Porto de Santo Antônio, a gerência recebe pagamento em dinheiro e PIX na mesma compra, por falta de dinheiro em espécie.
“Na manobra, o cliente faz uma parte do pagamento em PIX e outra em espécie para chegar ao valor total. Isso dificulta para fechar o caixa, mas é a solução que encontramos”, declarou a gerente Raissa Dornelas.
Os comerciantes também afirmaram que moeda é artigo "ainda mais raro" em Noronha. Às vezes, o cofrinho dos filhos é desfalcado para ajudar no troco.
“Eu tirei do cofre da minha filha, fiz uma troca, peguei R$ 32 em moedas e devolvi R$ 30 em espécie. Infelizmente, ela saiu perdendo”, contou Raissa.
Instituições bancárias
Por meio de nota, o Bradesco disse que "o abastecimento de numerário das máquinas de autoatendimento e nos guichês da agência está sendo realizado normalmente".
Ainda segundo a instituição, "quando são identificadas situações pontuais, decorrentes de fluxo inesperado de público, as providências de correção são adotadas".
O g1 entrou em contato com o Santander e a Caixa Econômica Federal para saber os motivos do problema da falta das cédulas e se há previsão de solução, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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