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Mutirão com apoio de voluntários da França retira vegetação do açude de Fernando de Noronha

Com apoio de franceses, mutirão retira vegetação de açude em Noronha

Com apoio de franceses, mutirão retira vegetação de açude em Noronha

A limpeza do Açude Xaréu, principal reservatório de água doce de Fernando de Noronha, começou a ser feita nesta terça-feira (29). Coordenado pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), o trabalho é realizado em parceria com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e o apoio de estudantes da França (veja vídeo acima).

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O objetivo da atividade é retirar a pasta-d’água, espécie exótica considerada pelos pesquisadores como invasora e prejudicial para o meio ambiente. O açude está praticamente tomado pela vegetação, de nome científico Pistia stratiotes.

Mutirão inciou a retirada da vegetação do açude— Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Mutirão inciou a retirada da vegetação do açude — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Segundo a coordenadora de Flora do ICMBio, Rosana Camelo, a pasta-d’água impede a entrada de luz e prejudica o Mangue do Sueste, que é o único mangue em ilhas oceânicas do Atlântico Sul e faz parte do Parque Nacional Marinho.

"Nós já fazemos o manejo da Pistia no Mangue do Sueste. A espécie interfere no ciclo natural e aumenta a proliferação de insetos. Para não deixar essa pasta voltar para o mangue, é importante fazer o manejo também no Xaréu. A intenção é fazer esses trabalhos nos corpos-d’água para evitar a propagação”, explicou Rosana Camelo.

Pasta-d’água é retirada do Açude Xaréu, em Fernando de Noronha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Pasta-d’água é retirada do Açude Xaréu, em Fernando de Noronha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

A Compesa informou que o açude tem capacidade de armazenar 411 mil metros cúbicos de água. Atualmente, o Xaréu é responsável por 25% do consumo da ilha, o dessalinizador marinho corresponde a 65% da água consumida, e os outros 10% são extraídos dos poços.

A técnica de Saneamento da Compesa, Elizabeth Lima, contou que a vegetação também compromete a qualidade da água. “Essa limpeza no açude melhora a qualidade da água, além de impedir que essa espécie cause impactos em outras áreas, como o mangue”, declarou.

É preciso um trabalho manual para recolher a pasta-d'água. Uma rede foi usada para puxar a vegetação da água até a margem do reservatório. Um caiaque e um trator também foram usados para ajudar no recolhimento.

Estudantes da França participaram da ação voluntariamente — Foto: Clarissa Paiva/ICMBio

Estudantes da França participaram da ação voluntariamente — Foto: Clarissa Paiva/ICMBio

Estudantes franceses que participam da expedição Grandeur Nature foram voluntários na limpeza. “Nós estamos num barco-escola francês que visita Noronha a cada dois anos. Estudamos o ecossistema, a natureza e colaboramos com o ICMBio, por isso estamos nesse trabalho. É importante porque a ilha é preciosa e precisa de cuidados”, disse o coordenador da expedição, Christophe Dasniere.

De acordo com Rosana Camelo, são necessários 20 dias de atividade para retirar a vegetação. “É um trabalho árduo e precisa ser contínuo para a vegetação voltar. Ao final, queremos fazer o monitoramento mensal para o manejo”, declarou a representante do ICMBio.

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