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Secretário de Saúde do RJ diz que vacinação no RJ tem falhas — Foto: Reprodução
O secretário de estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves, reconheceu nesta sexta-feira (5) que o sistema de vacinação do Rio de Janeiro apresenta falhas e falou que irá punir os erros como “caso de polícia”.
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Em entrevista coletiva, ele afirmou que teve uma reunião com o Ministério Público Estadual do Rio (MPRJ) e tratou de irregularidades no processo de vacinação contra Covid-19.
“Não podemos omitir o que está acontecendo de errado. Acho a situação muito grave. Não podemos desfragmentar a vacinação. O Brasil é um dos líderes de vacinação, mundialmente famoso. De repente, pela escassez e pela gravidade de três pontos: a xepa, o uso irregular e as caravanas de outros municípios. São três variantes, é extremamente perigoso”, disse o secretário de Saúde Carlos Alberto Chaves.
“Casos de venda ou uso ilegal, são casos de polícia (...) Isso serve de exemplo. Se ficar impune, outros vão tomar a mesma medida. Se não conseguir cortar o mal pela raiz e parar ali, tenho certeza que vai virar moda. A moda não pode virar rotina”, completou.
Para coibir as práticas ilegais, Chaves falou em acionar órgãos de fiscalização. Segundo ele, as medidas devem ser tomadas de forma rápida e eficiente.
“Já estamos conversando com os órgãos para tomar medidas e eu quero isso mais breve possível. Se não, daqui a pouco, está todo mundo fazendo ciranda aqui e ali. O cidadão vai pagar por isso. As pessoas que estão fazendo isso de maneira errada, devem ser comunicadas e, se continuar, punidas. Não pode continuar assim”.
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Veja as irregularidades
De acordo com Carlos Alberto Chaves, há três situações que serão fiscalizadas:
- Xepa – distribuição de doses excedentes para pessoas fora do grupo prioritário
- Uso Irregular – aplicação de segunda remessa para pessoas que ainda não foram vacinadas
- Caravanas para vacinação – grupo de pessoas que se desloca para outro município para se vacinar
O secretário ressaltou que os municípios têm autonomia para definirem o cronograma da vacinação. Apesar disso, todas as cidades devem seguir as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI).
“Alguns municípios repassaram a segunda dose para pessoas que não foram vacinadas na primeira etapa. Esse é um risco muito grande. Coloca em risco todo o esquema de vacinação do Plano Nacional de Imunização (PNI). Eu falei para as promotoras que isso será caso de polícia, um caso sério. Os municípios têm autonomia para seguir o cronograma de vacinação, mas dentro do Plano Nacional”.