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Daiana Cavalcanti — Foto: Fantástico
Os advogados de defesa de Daiana Chaves Cavalcanti, de 36 anos, a paciente que acusa o médico Bolívar Guerrero Silva e o Hospital Santa Branca de cárcere privado, pediram na Justiça que o dinheiro bloqueado da clínica seja utilizado para a contratação de um psiquiatra para atende-la.
- Quem é Bolívar Guerrero Silva, médico preso por manter paciente em cárcere privado
O pedido feito pela defesa da vítima foi feito nesta sexta-feira (5), na 5ª Vara Cível da Capital e também sugere a contratação de um acompanhante para auxiliar Daiana enquanto ele estiver internada.
Segundo o advogado Ornélio Mota Rocha, a equipe médica que atende Daiana no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), acha importante que ela tenha suporte psicológico e psiquiátrico durante sua recuperação. O Hospital, porém, não dispõe de psiquiatra, apenas de psicólogo.
No final de julho, a Justiça do Rio decretou o bloqueio de R$ 198.210,00 do Hospital Santa Branca e do cirurgião Bolívar Guerreiro Silva.

Quem é Bolívar Guerrero Silva, o médico preso por cárcere privado
O recurso seria para arcar com os custos da transferência e do tratamento de Daiana Cavalcanti, que denunciou o médico por cárcere privado e tenta se recuperar de uma cirurgia malsucedida no abdômen e nas mamas.
Ainda de acordo com o advogado, do total bloqueado pela Justiça, menos de R$ 30 mil foram localizados no rastreamento feito pelos peritos.
O médico equatoriano, que está preso, nega as acusações de erro médico e que tenha mantido Daiana em cárcere privado.
Relembro o caso
Bolívar Guerrero Silva foi preso no dia 18 de julho quando estava dentro do centro cirúrgico do Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias. Segundo a polícia, ele mantinha uma mulher em cárcere privado depois que ela teve complicações depois de uma cirurgia de abdominoplastia e está em estado grave.
A mulher, de nome Daiana Cavalcanti vinha tentando ser transferida de hospital, mas o cirurgião dificultou a transferência, mesmo com duas liminares da Justiça.
Daiana estava internada desde junho desse ano no Hospital Santa Branca, e foi transferida na manhã da quinta-feira (21) para o Hospital Geral de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio.
Bolívar responde a pelo menos 19 processos na Justiça por erros médicos e teve sua prisão temporária mantida pela Justiça após audiência de custódia.
Após a divulgação do caso de Daiana, pelo menos 20 mulheres já compareceram à Delegacia da Mulher de Duque de Caxias para denunciar o médico. Em um dos casos, familiares de um jovem foram ao local denunciar que suspeitam que a familiar tenha morrido por erro médico após um procedimento, mas teve a morte atestada como complicações por Covid.
Em outro, um paciente, que teve uma parada cardíaca durante a cirurgia plástica, está e estado vegetativo há sete anos.