
CPI da Arena ouve auditores do TCE-RN
Dois auditores do Tribunal de Contas do Estado foram ouvidos nesta terça-feira (21) na CPI da Arena das Dunas, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Vladimir Sérgio Souto e José Rosenilton de Araújo falaram na condição de testemunhas.
Na avaliação dos auditores, a Arena das Dunas foi um "mau negócio para o Estado, e bom para a empresa" responsável pela construção.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/G/T/zTYWqKSBOp3jBvwVj3FA/arena.jpg)
Arena das Dunas é tema de debate em CPI na Assembleia Legislativa — Foto: Alexandre Lago
Uma auditoria do TCE apontou sobrepreço na construção do estádio. Na época das obras, o tribunal chegou a sugerir a suspensão dos pagamentos mensais feitos pelo governo do estado na Parceria Público-Privada.
- Ex-secretário da Copa nega irregularidades ou sobrepreços no contrato da Arena das Dunas
- CPI da Arena das Dunas ouve presidente do consórcio responsável pelo estádio sobre contrato com governo do RN
A Arena das Dunas custou R$ 452 milhões. Os auditores falaram em sobrepreço de 40% quando se compara a obra com outras arenas da região Nordeste, e de 54,9% em relação à Arena Grêmio, em Porto Alegre, também construída pela OAS.
"Quando houve a contratação, a questão é que faltou um estudo de custos mais aprimorado para se ter um contrato com valores mais adequados à realidade", declarou o auditor Vladimir Sérgio Souto após prestar esclarecimentos na CPI. "Não há uma transparência adequada sobre os aspectos envolvidos, principalmente estas questões de custos", completou.
O deputado estadual Tomba Farias, que presidiu a sessão desta terça, criticou as comparações feitas pelos auditores em referência a outras arenas. Lembrou que a obra incluiu a demolição de antigos equipamentos - Machadão e Machadinho - e que a Arena das Dunas tem estrutura melhor que a Arena de Pernambuco, por exemplo.
A próxima sessão da CPI da Arena das Dunas será na terça-feira (28), às 14h30. Três procuradores foram convocados. A última oitiva está prevista para 13 de outubro, e o relatório final para 30 de novembro, podendo ser antecipado.