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Mari Williams, da etnia Wapichana, foi eleita a primeira Miss Indígena de Roraima — Foto: Reprodução/Facebook/Mari Williams
A jovem Mari Williams, de 18 anos, foi eleita a primeira Miss Indígena Roraima na noite desse sábado (18), em Boa Vista. Mari é da etnia Wapichana e disputou o concurso com outras nove jovens mulheres indígenas.
Mari Williams é técnica em aquicultura formada pelo Instituto Federal de Roraima (IFRR) professora temporária no governo do estado, e acadêmica de licenciatura em matemática Universidade Estadual de Roraima.
Filha de pai Wapichana e a mãe Macuxi, Mari disputou o concurso com a faixa de Miss Indígena de Alto Alegre, município no interior do estado, onde ela nasceu. Ela também usa o sobrenome "Baydukuryaba", que significa onça em Wapichana.
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Mari Williams 'Baydukuryaba' com a faixa de Miss Indígena 2021 — Foto: Ale-RR/Divulgação
Na competição, a Miss Indígena levou para a passarela inspirações da cultura Wapichana e destacou o papel da mulher no cenário roraimense.
“Gratidão por este momento. É uma responsabilidade enorme levar o nome de nosso Estado e do nosso povo lá fora. Quero mostrar que nós, mulheres, somos protagonistas das nossas histórias. Vou me preparar ao máximo para o título nacional”, disse.
O próximo passo da vencedora é concorrer ao Miss Brasil Indígena 2021, que deve acontecer em novembro, no Paraná.
O concurso
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Cada uma das 10 jovens indígenas representou o município onde vivem, em Roraima — Foto: Ale-RR/Divulgação
O concurso para escolher a primeira Miss Roraima ocorreu no Palácio da Cultura Nenê Maccagi, em Boa Vista. Ao todo, dez misses disputaram. A participantes representaram as etnias Macuxi, Wapichana, Sapará e Taurepang.
O concurso foi idealizado pelo Programa de Desenvolvimento Sustentável da Nova Esperança (Pronesp), da Terra Indígena São Marcos, em Pacaraima, no Norte do estado. O coordenador do evento, Alfredo Silva Wapichana, afirmou que se trata de um marco para Roraima.
“Estamos felizes com o resultado desse evento histórico e satisfeitos com a divulgação. O Brasil e o mundo conheceram um pouco da nossa cultura, e acredito que as próximas edições serão tão inovadoras quanto esta. A vencedora representará nosso estado e temos a incumbência de prepará-la”, afirmou.
As candidatas desfilaram com trajes e vestimentas típicos da cultura indígena, que foram avaliados por uma banca composta por cinco jurados. A seleção das vencedoras não obedeceu aos padrões usuais do mercado estético e considerou a desenvoltura de cada candidata nos desfiles e numa rodada de perguntas.
Para Alfredo Wapichana, o concurso, além de valorizar diversidade da mulher indígena, também foi um trabalho de inclusão social.
"É um trabalho social de inclusão onde nós não vinculamos e não vamos usar o modelo como normalmente é feito em concursos não indígenas, que estabelece critérios do tipo altura, peso e medida. Esse não é o foco. Não queremos atender o mercado de beleza. Por ser um projeto social, visa valorizar, promover e divulgar a diversidade das mulheres. Por isso, procuramos escolher representantes dos povos daqui", disse ele, antes da realização do concurso.
O professor também informou que as finalistas foram escolhidas de forma proporcional à comunidades indígenas localizadas em cada município de Roraima.
De acordo com Alfredo, Roraima foi o segundo estado do Brasil a promover um Miss Indígena. O pioneiro foi Mato Grosso do Sul, cuja edição de estreia ocorreu em 2011.
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Miss Indígena foi 'coroada' nesse sábado (18) — Foto: Divulgação/TV Assembleia