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'Avanço importante na nutrição das crianças indígenas', diz ministra da Saúde após visitar Terra Yanomami

Ministra da saúde Nisia Trindade visita Roraima — Foto: Caíque Rodrigues/g1RR

A ministra da Saúde Nísia Trindade esteve na Terra Indígena Yanomami nesta quinta-feira (2) e afirmou que "há um avanço importante na nutrição das crianças indígenas". A comitiva com a ministra da Saúde e o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba estão em Roraima desde ontem para acompanhar a crise no território.

A equipe acompanhou o início das ações de vacinação em Surucucu, unidade referência em saúde no território. Além disso, acompanharam in loco as ações realizadas na Terra Yanomami para combater a desassistência em saúde.

"Nós estamos acompanhando a evolução dessas crianças através dos profissionais de saúde. Tanto é que temos crianças recuperadas e isso é motivo de grande alegria", detalhou ao g1 durante uma coletiva de imprensa.

Na quarta-feira (1º), a comitiva visitou a Casa de Saúde Indígena (Casai), onde os Yanomami recebem atendimento pelo Hospital de Campanha montado combater a crise.

Em seguida a comitiva se dirigiu para o Hospital de Criança Santo Antônio, no 13 de Setembro, zona Sul de Boa Vista. O hospital recebe as crianças Yanomami em estado grave e onde está localizado a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vanderly Nascimento de Souza.

Questionada sobre o Hospital de Campanha prometido pela pasta para atender os pacientes dentro da própria terra indígena, a ministra da Saúde explicou que ainda não há previsão devido à uma questão logística de envio de material.

"Já temos profissionais, já temos material em Boa Vista [...] mas só na próxima semana nós vamos ter uma visão sobre isso, pois precisamos ajustar os detalhes de logística", explicou.

Maior território indígena do país, a Terra Yanomami enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa - problemas agravados pelo avanço de garimpos ilegais nos últimos quatro anos.

Desde o dia 20 de janeiro, a região está em emergência de saúde pública devido ao cenário de desassistência. Desde então, o governo Federal atua para frear a crise com envio de profissionais de saúde, cestas básicas e desintrusão de garimpeiros do território.

A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente - com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.

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