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Barcos de garimpeiros têm de 7h às 17h para passar por bases de fiscalização na Terra Yanomami, define PF

Ponto de fiscalização na Terra Yanomami — Foto: Ibama/Divulgação

A Polícia Federal, por meio da Operação Libertação, definiu que barcos com garimpeiros que saem da Terra Yanomami podem navegar apenas entre os horários de 7h às 17h. Os controles das embarcações ocorrem nas regiões de Palimiú e Walo Pali, dentro do território.

Em Palimiú, o controle é feio no rio Uraricoera, um dos mais usados pelos invasores para entrar na Terra Yanomami e onde teve um ataque de garimpeiros armados na semana passada. O outro é no rio Mucajaí, na base de fiscalização Walo Pali.

"As embarcações estão sujeitas a procedimentos de fiscalização nos postos e não será autorizada a passagem destas em outros horários", informou a PF. O trabalho de controle no trânsito de embarcações de garimpeiros faz parte da ofensiva do governo federal em retirar os invasores do território - garimpeiros ilegais causaram a grave crise humanitária na Terra Indígena.

As ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami seguem ininterruptas. Participam das fiscalizações fiscais do Grupo Especial de Fiscalização (GEF) do Ibama, Polícia Rodoviária Federal, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Força Nacional.

Garimpos queimados e apreensões

Ibama e Funai instalam cabo de aço em rio na Terra Yanomami

Dezenas de barracas de garimpeiros, motores geradores, infraestrutura de comunicação e outros materiais voltados para a exploração ilegal de minérios em quatro acampamentos na Terra Yanomami foram destruídos no último domingo (26) pela PF, com apoio aéreo provido pelo Comando Integrado das Forças Armadas.

Na última terça-feira (28), uma mulher tentou passar pelo posto de fiscalização na região do Palimiú transportando uma pequena quantidade de ouro. Ela foi presa em flagrante por agentes da operação Libertação e conduzida a Boa Vista, onde foi lavrado o procedimento. Depois, foi encaminhada para o sistema prisional onde permanecerá a disposição da Justiça.

Desde o início da Operação Libertação, em 9 de fevereiro até o dia 26, a operação contra garimpeiros bloqueiou de R$ 41 milhões em bens, inutilizou ou apreendeu:

  • 59 balsas, duas aeronaves
  • Oito embarcações
  • 27 toneladas de cassiterita
  • Além de geradores de energia, maquinários e equipamentos diversos para extração de minério, utensílios e insumos utilizados na atividade ilegal.

Além da presença ostensiva na região com a Operação Libertação, foram deflagradas, entre outras ações, as operações Bal, Avis Aurea, Sisaque e Operação Nau dos Quintos, para desarticular organizações criminosas dedicadas ao financiamento do garimpo, ao contrabando de ouro extraído da região Amazônica e à lavagem de capitais oriundos das atividades ilegais.


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