Justiça converte em preventiva prisão de homem que matou enteado a facadas em Aguaí

Menino morto a facadas pelo padrasto vai ser enterrado em São João da Boa Vista

O homem suspeito de matar o enteado de 13 anos a facadas em Aguaí (SP), golpear o filho de 10 e atropelar e agredir com paulada a ex-mulher teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. Adoaldo Daniel Tomaz Oliveira, de 33 anos, passou por audiência de custódia neste domingo (19), informou o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).

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O suspeito foi preso pela Polícia Militar no Hospital Clínico Municipal de Aguaí na manhã de sábado (18) após cometer os crimes. Ele procurou a unidade de saúde depois de cortar os pulsos em uma tentativa de suicídio.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito alegou que agiu por ciúmes, acreditando que a ex-mulher estaria em um novo relacionamento (veja o vídeo abaixo).

“Ele acabou dizendo que fez toda essa monstruosidade em razão de ciúmes. Atingindo os meninos, ele estaria tentando contra a vida da ex-mulher”, relatou o delegado Ivan Constâncio.

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Adoaldo foi levado para a delegacia de São João da Boa Vista e, segundo a polícia, não apresentou advogado.

O autor dos crimes deverá responder por tentativa de feminicídio, homicídio consumado pela morte do enteado e tentativa de homicídio contra o filho.

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Enterro

O corpo de Matheus Henrique de Oliveira foi enterrado na manhã deste domingo no Cemitério Municipal de São João da Boa Vista.

A mãe do menino, Amanda Aparecida Barbosa Tomaz Oliveira, de 30 anos, fraturou o fêmur ao ser agredida. Ela precisou ser internada na Santa Casa cidade. O hospital informou no sábado que ela deveria passar por uma cirurgia.

O outro filho dela, o menino de 10 anos que foi golpeado superficialmente com uma facada no pescoço e conseguiu fugir para chamar a Polícia Militar, também foi internado no mesmo hospital, mas o estado de saúde dele não foi informado.

Tragédia

Mulher foi atropelada pelo ex-marido em Aguaí (SP) — Foto: Arquivo pessoal

Inconformado com o fim do relacionamento, Aldo viu a ex conversando com um colega de trabalho, atacou a mulher e horas depois o filho e o enteado.

Os vizinhos de Amanda presenciaram as agressões. A professora Monise Moreira contou que ouviu o barulho do carro derrapando. Em seguida, disse que ouviu a irmã gritando para uma pessoa parar.

“Quando eu saí no portão, vi um moço com um pedaço de madeira na mão. Ouvi quando disse ‘eu vou atrás dele’”, contou a professora.

A vendedora Michele de Fátima da Silva Domiciano disse que conversou com a vítima após a agressão.

“Ela pedia água. Perguntei: cadê seus meninos? Ela falou: está na casa do pai deles. É uma tragédia porque nunca imaginei que ele ia fazer uma maldade dessa. Pensei que a tragédia tinha acabado aqui na porta de casa”, disse a vizinha.

O crime

Homem mata enteado de 13 anos com facada em Aguaí

O crime aconteceu por volta das 5h no bairro Diva Assadi. Segundo a Polícia Civil, o casal estava em processo de separação, mas trabalhava junto.

Na sexta-feira (17), Adoaldo deixou Amanda em casa por volta das 23h30. Depois, ele pegou os meninos e levou para a casa da mãe dele.

De acordo com o delegado, Adoaldo retornou à casa da ex para saber se ela estava em um novo relacionamento quando viu Amanda com um colega de trabalho. Nesse momento, ele jogou o carro contra o casal, que estava em uma moto. A mulher ficou ferida.

Adoaldo fugiu e horas depois retornou à casa da mãe, durante a madrugada, pegou os meninos, colocou no carro do irmão e disse que eles iriam passear em outra localidade.

Homem mata enteado e tenta matar ex-companheira em Aguaí (SP) — Foto: Sagui Florindo/Gazeta de Aguaí

Segundo o delegado, o autor parou o carro na área rural e acabou desferindo golpes de faca nos dois meninos. O enteado, que era criado por Adoaldo desde que tinha 1 ano e até o chamava de pai, não resistiu e morreu.

“O menino de 10 anos conseguiu correr e acessar a Polícia Militar. Ele contou que o irmão estava com o pai e que poderia estar machucado. A polícia foi lá e localizou o menino já sem vida”, contou o delegado.