
Policiais escalam prédio e derrubam porta para cumprir mandados de busca e apreensão em operação contra fraude fiscal
Policiais tiveram de 'escalar' um prédio nos Jardins, área nobre de São Paulo, nesta quarta-feira (22), para entrar no apartamento de uma sócia da empresa de barcos de luxo, que é investigada por suspeita de sonegação fiscal no estado. Ela teria recusado abrir a porta para os investigadores. Vídeo gravado pelos agentes da força-tarefa mostram o momento que eles usam uma escada para subir e alcançar uma sacada (veja acima). Depois tiveram de arrombar a porta para entrar.
A força-tarefa tenta cumprir mais 18 mandados de busca e apreensão contra outros suspeitos de sonegação. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo, Barueri, Osasco, Itupeva, Jundiaí e Mairiporã e foram expedidos pela Justiça de Osasco.
O alvo principal é a Falcon Estaleiros do Brasil, líder no mercado brasileiro de embarcações de luxo. Endereços residenciais da empresária sócia e CEO da empresa, que em 2016 apareceu na lista dos 30 jovens mais promissores do Brasil da revista Forbes, também estão sendo vistoriados.

Força-tarefa cumpre 19 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de sonegação fiscal
Segundo os investigadores, a empresa, um dos maiores estaleiros da América Latina, deve cerca de R$ 50 milhões de ICMS no Estado de São Paulo e outros R$ 490 milhões em tributos federais, conforme análise da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
Os investigadores descobriram que, para escapar do Fisco, a empresa montou um sofisticado esquema de blindagem patrimonial e uma rede de empresas fantasmas, abertas em nome de laranjas.
O objetivo da operação é recolher documentos e informações que ajudem a comprovar as fraudes. Os investigadores também querem entender porque a empresa emitiu notas fiscais subfaturadas e se clientes se beneficiaram disso.
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Dinheiro apreendido durante operação — Foto: Divulgação/MP
A operação apura três crimes: sonegação fiscal, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Batizada de Cavalo-Marinho, a ação é a primeira operação do CIRA, o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos, que reúne MPSP, Fazenda Estadual e Procuradoria Geral do Estado de SP.
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Força-tarefa de operação contra sonegação fiscal em SP — Foto: Divulgação/Secretaria da Fazenda