/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/f/g/M8JoizQqCDA3nqbOQtmg/gleisi-e-paulinho-da-forca.jpg)
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Paulinho da Força, líder do Solidariedade — Foto: Renata Bittar/g1
Presidente do Solidariedade, Paulinho da Força se reuniu com Lula na manhã desta terça-feira (19), após receber vaias de petistas no evento que confirmou o nome de Geraldo Alckmin (PSB) como indicado ao posto de vice na chapa para a eleição presidencial. A conversa, antecipado pelo repórter Nilson Klava no Blog do Camarotti, serviu para "parar o caminhão e arrumar as abóboras", como definiu o deputado federal.
Antes do encontro, o deputado federal por São Paulo criticou uma ala do PT. Questionado se havia salto alto dentro do partido, disse: "Acho que uma parte sim, talvez não a direção do PT, mas uma parte do pessoal do PT acha que já ganhou a eleição, e eu acho que a eleição ao tá ganha".
Leia mais:
- Bivar diz em mensagem que nunca prometeu a Moro disputar a Presidência pelo União Brasil
- PSOL aprova federação com a Rede Sustentabilidade
PT e Solidariedade discutiam aliança para a disputa presidencial desde antes das vaias, que geraram certo constrangimento, principalmente pelo fato, segundo Paulinho, de nem Lula nem Alckmin terem o defendido na oportunidade.
"A vaia foi de uma parte da militância do PT e não era publico, não era povo em geral, então, portanto, eu sei como funciona isso. E isso é grave. O mais grave é não ter sido defendido pelo Lula ou por alguém do PT, porque isso mostra, no nosso ponto de vista, que a aliança que o PT imagina seja menor do que a que nós imaginamos", diz o deputado.
Depois de ser vaiado no evento com Lula e Alckmin, Paulinho recebeu sondagens de outros grupos políticos, caso de Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, e de Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do Rio Grande do Sul, que tem encontros paralelos aos feitos pelo pré-candidato oficial do partido, o ex-governador de São Paulo João Doria.
As conversas não prosperaram, pois Paulinho confirmou que o Solidariedade estará aliado ao PT no pleito presidencial - definição ocorrida no encontro desta terça. Para ele, a união de forças deve ser ampla e contar com "todos aqueles contra o governo Bolsonaro", e isso inclui também opositores do PT na época do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.
"Eu acho que Bolsonaro é o governo e o governo é que nem cobra: até morto é perigoso. Então, é preciso que você faça uma ampla aliança pra ganhar a eleição, essa ampla aliança que nós queremos discutir", afirmou Paulinho.
Segundo ele, o evento para confirmação da aliança deve ocorrer no dia 3 de maio, próximo à data em que o PT oficializará Lula como pré-candidato à presidência, em 7 de maio - no encontro, Alckmin ainda não deve ser confirmado como vice da chapa.
"Hoje, aqui, nós selemos os nossos compromissos. Vamos fazer o evento na direção da executiva nacional do solidariedade, no dia 3, conforme eu tinha combinado com a Gleisi, para definitivamente selar a aliança do Solidariedade com o Lula. E vamos também no lançamento da candidatura do Lula no dia 7", afirmou Paulinho.